Falta de estacionamento e longas filas motivaram criação de marca.
Negócio garante entrega de pães a motoristas em menos de 1,5 minuto.
Cansados de procurar estacionamento e enfrentar longas filas para levar pão quente para casa, um casal de Águas Claras decidiu trazer para o Distrito Federal uma padaria em que a compra do alimento é feita de dentro do carro e leva menos de um minuto e meio. O modelo de negócio nasceu no interior paulista e chegou ao DF há oito meses.
“É uma ideia tão simples, por que ninguém pensou nisso antes?”, diz o empresário e consultor jurídico José Augusto Simi. “Por que estacionar, lutar para achar vaga, enfrentar fila de padaria ou supermercado só para comprar pão?”
“É uma ideia tão simples, por que ninguém pensou nisso antes?”, diz o empresário e consultor jurídico José Augusto Simi. “Por que estacionar, lutar para achar vaga, enfrentar fila de padaria ou supermercado só para comprar pão?”
Instalada às margens da Elmo Serejo, em Taguatinga, o comércio tem 50 m² e duas janelas: uma para clientes a pé e outra para automóveis. Quatro funcionárias trabalham na produção do pão e na venda dos produtos – duas pela manhã e duas pela tarde. O produto, assado no próprio estabelecimento, é entregue congelado por um fornecedor de Anápolis.
Com oito meses de negócio, Simi diz que atende cerca de 150 carros diariamente. Os primeiros clientes começam a chegar às 6h, assim que as janelas são abertas. O movimento é intenso até as 9h. O técnico Fábio Rodrigues diz que vai diariamente à padaria com a filha de 4 anos para comprar o café da manhã e o lanche da escola.O empresário diz que produz até 450 pães por dia. Cada unidade é vendida a R$ 0,50, preço estimado por quilo, para agilizar a operação. São mais de mil pães de queijo assados diariamente, vendidos por R$ 0,50 a unidade.
“Vi a placa lá fora assim que inaugurou a padaria e resolvi parar. Venho todo dia por conta da praticidade. Compro pão de queijo e o complemento da lancheira dela. Também vou tomando café a caminho do serviço”, diz.
Na padaria também é possível comprar café, misto quente e frios, que são vendidos fatiados e embalados à vácuo. “Não tem manipulação ou a necessidade de cortar justamente para agilizar a venda”, diz a sócia Fernanda Coura.
A expectativa do casal é que o investimento na franquia, de R$ 190 mil, seja pago em dois anos. “Estamos no período de maturação, fase em que as pessoas estão conhecendo o negócio ainda, e há a fase de mudança de cultura”, diz. “Todo dia chega alguém novo aqui porque viu um carro entrando e ficou curioso e entrou atrás.”
Com a plena implantação da unidade, o plano é instalar novas fraquias no DF, principalmente em Águas Claras, onde o trânsito é intenso. “Lá é difícil achar um lugar com estacionamento, ainda estamos procurando terreno”, diz Coura.